terça-feira, 11 de março de 2014

O Lobo de Wall Street (2013)
Unknown12:38 0 comentários



Qual o problema da nossa sociedade? A leviandade, a solidão, a aceitação, o prazer, a fúria, as drogas, o sexo, seriam esses nossa nova “punição” ou esses seriam nossos novos valores?
O que esperar de um filme de Martin Scorsese com Leonardo DiCaprio, entre outros nomes e rostinhos conhecidos? O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street), sob a direção de Scorsese, consegue em 3 horas de filme apontar e questionar os problemas da nossa sociedade, claro, usando e abusando dos recursos cinematográficos. O filme e o best-seller foram baseados nas memórias de Jordan Belfort, o personagem principal. O que aparentemente seria um roteiro comum sobre a vida e os desejos insanos de mais um milionário, na verdade. é desafiador, corajoso e cheio de “sacanagem”.
O filme conta a história de um corretor de ações, Jordan Belford, (Leonardo DiCaprio) que começa sua carreira em uma das tão cobiçadas empresas de investimentos de Wall Street. Belford descobre a chave do sucesso (drogas e sexo)² por meio dos ensinamentos do seu chefe, Mark Hann (Matthew McConaughey). Conseguindo, assim, ser o mais novo corretor de Wall Street. No entanto, o repentino sucesso é ameaçado pelo fechamento da empresa após a temível Black Monday. O corretor tenta dar a volta por cima trabalhando em uma empresa de fundo de quintal que lida com finanças de baixo valor. Motivado a aumentar os lucros, Belfort cria sua nova empresa, Stratton Oakmont, isso junto com seu vizinho Donnie (Jonah Hill) e outros velhos amigos. Os lucros são proporcionais as loucuras dos corretores.
O visionário, louco e sem dúvidas motivador Jordan Belfort ganhou as telas pela interpretação marcante de Leonardo DiCaprio. O ator parece ter encontrado mais um papel certo, tão certo que lhe rendeu mais uma indicação ao Oscar de melhor ator. Todas as cenas de Leonardo são ótimas, é claro, que algumas de fato são o motivo do tão merecido Globo de Ouro, como melhor ator de comédia ou musical. Uma dessas cenas é o discurso de aposentadoria. O ator encarna o próprio Jordan Belfort e leva sua equipe a loucura.
O Lobo de Wall Street, como já dito, parece ser um roteiro comum, mas, na verdade, Martin Scorsese deixou claro que nossa sociedade é marcada pelo exibicionismo, pelo hedonismo. Scorsese fez um filme ousado, sem medo de dizer a verdade. Para muitos o longa não passa de um filme muito extenso cuja pornografia não surpreende. Mas é exatamente essa a questão que torna o filme sensacional. O diretor, assim como nos seus outros longas, traz a crítica para perto do espectador, faz uma crítica quase sutil, como se fizesse piada dos acontecimentos.
Uma das “brincadeiras” em Lobo de Wall Street é a justiça volta para casa de metro. O agente do FBI (Kyle Chandler), o representante da justiça, mesmo cumprindo seu dever corretamente, com honestidade, ainda mais por não aceitar o suborno oferecido por Belfort, continua sua vida comum, sem exageros e sem dinheiro. O que nos faz levantar uma série de questões. Afinal, a justiça volta de metro, de trem, de coletivo.
Quando se trata de falar de um filme do Scorsese, nunca é fácil. O diretor tem suas inúmeras câmeras, seu jeito particular de criticar, além dos filmes serem repletos de elementos semióticos, personagem que beiram a loucura, uma montagem peculiar e com certeza o modo excêntrico de se fazer Cinema.
Em suma, se você assistiu ao filme e acha realmente que é uma pornografia barata, recomendo que assista de novo. Ou se você já assistiu várias vezes e não concorda. Deixa um comentário. 

Categoria:
Sobre o autor O Take 5 é formado por sete amigos, para saber mais sobre cada um, basta clicar em colaboradores

0 comentários

Postar um comentário