O Iluminado
O iluminado, mais uma grande obra
de Stanley Kubrick é baseado no romance de Stephen King mesmo autor de Carrie A Estranha, muito conhecido
por suas obras abordarem o horror fantástico.
O filme estrelado por Jack
Nicholson vivencia Jack Torrance, um escritor e alcoólatra em recuperação, que
participa de uma entrevista para trabalhar como zelador no hotel Overlook, no período
que ele permanecerá fechado devido a uma intensa nevasca que atinge essa
região durante sete meses. Jack aceita o trabalho com o intuito de aproveitar a
solidão do hotel para escrever.
Assim, ele se muda para Overlook junto
com sua esposa Wendy (Shelley Duvall) e seu excêntrico filho Danny (Danny
Lloyd), um garoto dotado de habilidades psíquicas que consegue vislumbrar cenas
do passado e do futuro, além de ter o dom da telepatia, habilidade que o
consagra de “iluminado.” Os dias vão passando, durante
eles Jack se isola cada vez mais para trabalhar em seu livro, enquanto sua
mulher cuida dos afazeres do hotel. Já Danny passa a ter visões de assassinatos
enquanto explora os corredores do lugar.
Com o início da tempestade de neve a família fica
presa no hotel, cuja grandiosidade aumenta a impressão de isolamento e solidão.
Jack afetado por essa sensação é influenciado por uma presença sobrenatural e
desenvolve a “febre da cabine” tenta assim, assassinar sua esposa e filho.
Acomete a famosa cena do banheiro, onde Wendy se tranca para se proteger de
Jack que dá investidas machadadas na porta para derrubá-la. Ele diz a célebre
frase: “Here is Johnny.”
Na cena final do filme aparece
uma fotografia de Jack sorrindo em meio a uma festa, datada de 4 de julho de
1921. Muitos críticos dizem que a explicação para isso é que Jack foi absolvido
pelo hotel. Porém, segundo Kubrick ele é a reencarnação de alguém que viveu no
local. Há até os conspiradores que acreditam
que a obra é uma referência e um pedido de desculpas ao público sobre o assunto
do Apollo 11. Cuja cena Kubrick teria dirigido. Quanto à veracidade disso,
nunca foi comprovada, mas que realmente há elementos no filme que dá indícios e
o que falar sobre o assunto, isso há.
Uma curiosidade sobre o filme
para quem gosta de rock, é que ele foi a inspiração para as canções “The Kill “
(30 Seconds to Mars) e “Spit it out” (Slipknot).
Esse filme dotado do tradicional
zoom ligado a assustadores elementos da narrativa, além de enquadramentos perfeitos
e planos gerais muito bem desenvolvidos, está classificado entre os maiores
filmes de terror, com direito a várias interpretações. Eu particularmente ainda tenho pesadelos com as assustadoras sombrancelhas de Nicholson. Kubrick conseguiu mais
uma vez nos vislumbrar e aterrorizar usando os seus conhecimentos e habilidades
técnicas e narrativas.
Sendo assim, eu recomendo para
aqueles que ainda não assistiram que o vejam agora mesmo e percebam a
genialidade de Kubrick e o jeito de fazer cinema.
0 comentários
Postar um comentário